de 21 a 23 de fevereiro de 2025
Escola Secundária de Camões, Lisboa

Convocatória
Vivemos em estado de emergência. As emissões globais de CO2, o extrativismo e as desigualdades sociais continuam a aumentar. As diversidades biológica e cultural estão ser extintas, as práticas antidemocráticas estão em crescimento. Em Portugal, ainda se aprova a construção de novas infraestruturas emissoras (aeroportos, gasodutos), incentivos diretos e indiretos para transporte rodoviário individual, a destruição de áreas de proteção ambiental, a degradação deliberada dos serviços públicos e o turismo de massas que obstrui o direito à cidade.
Nós vivemos em estado de emergência, enquanto os lucros das empresas petrolíferas batem recordes. E a única forma viável que os governos encontraram para gerir as crises climática e social foi assumindo posturas mais negacionistas e mais autoritárias.
Pelo mundo inteiro, mas também em Portugal, esta degradação da vida de todas e todos não avança impune. Por todo o lado populações resistem em várias frentes para travar o colapso da civilização. As mobilizações contra o aumento de custo de vida e pelas melhorias nas condições de trabalho e dos serviços públicos, as marchas pela habitação e pelo direito à cidade, o movimento contra o genocídio na Palestina, as ações diretas pela justiça climática e pelo fim ao fóssil, os protestos contra a violência policial e racismo estrutural dirigido contra as comunidades marginalizadas, o movimento pelos direitos dos imigrantes, os movimentos de base contra projetos extrativistas, todos eles têm mostrado a força popular de rejeição. Ainda continuamos em estado de emergência e não temos muito tempo antes do ponto sem retorno do colapso climático.
É neste contexto que o movimento pela justiça climática organiza o 10º Encontro Nacional pela Justiça Climática. Dez anos são muito tempo, na verdade demasiado tempo tendo em conta os prazos da emergência climática. Nesta 10ª edição, reinventamos o Encontro para reinventarmos o movimento. Abrimo-los para participação mais direta e para discussão mais proposicional.
Vamos discutir o Plano pela Justiça Climática: uma visão pelas pessoas e para as pessoas, para travar a crise climática. E vamos construir a Agenda pela Justiça Climática: ações coordenadas para o ano de 2025.
O 10º Encontro Nacional pela Justiça Climática ambiciona ser um espaço de aprendizagem coletiva e de articulação, ou seja: um espaço de construção de movimento.
Junta-te a nós.
Organizadores
- Ar Puro Movimento Cívico
- ATERRA
- Centro do Clima da Póvoa de Varzim
- ClimAção Centro
- Climáximo
- Comité Custódio Losa
- Ecomood Portugal
- Oficina de Ecologia e Sociedade (ECOSOC)
- Extinction Rebellion Portugal
- Greve Climática Estudantil de Lisboa
- Instituto de Etnomusicologia – Centro de Estudos em Música e Dança
- Jornada pela Democracia Energética
- Linha Vermelha
- MUBi – Associação pela Mobilidade Urbana em Bicicleta
- Ocean Patrol
- Associação de Combate à Precariedade – Precários Inflexíveis
- Quercus
- proTEJO- Movimento pelo Tejo
- Rede Ecossocialista do Porto
- Rede para o Decrescimento
- Último Recurso
- Unidos em Defesa de Covas do Barroso
- Youth Climate Leaders





Programa




SESSÃO DE ABERTURA: 10 anos de luta pela Justiça climática em Portugal e no mundo
A sessão de abertura vai dar o ponto de partida a um fim-de-semana de debate, trabalho, e construção coletiva de ideias e de próximos passos. Este encontro, que será o 10º Encontro Nacional por Justiça Climática, vai ter início ao final de dia 21 de Fevereiro, com um olhar crítico, e reflexivo sobre o que foram os últimos 10 anos de luta pela Justiça Climática. Para isso, contaremos com a presença de ativistas nacionais e internacionais que partilharão connosco as suas aprendizagens face à sua experiência de luta e resistência, a sua análise sobre o estado do mundo e do movimento, e a sua visão estratégica para aquele que é um possível horizonte de ação que se encurta a cada dia.
Para a construção política e estratégica que faremos em conjunto neste encontro será chave este início de análise e partilha de aprendizagens na voz de várias ativistas de diferentes territórios. Não podes perder!
com participação especial de:
- Rehema Peter, ativista da ONG local Partnership for Green Future/PGF, Tanzania
- Bertie Coyle, apoiante da Just Stop Oil, Reino Unido
- Pedro, ativista da Extinction Rebillion Madrid, Espanha
Conhece as convidadas especiais, aqui.
PLENÁRIO 1: PLANO
Nesta 10ª edição, reinventamos o Encontro para reinventarmos o movimento. Abrimo-los para participação mais direta e para discussão mais proposicional. Vamos discutir o Plano pela Justiça Climática: uma visão pelas pessoas e para as pessoas, para travar a crise climática.
E este processo já começou: houve reuniões mensais online, houve encontros locais pela Justiça Climática. Neste plenário, vamos ouvir as conclusões destes momentos, vamos mergulhar nos Planos existentes.
Vai ser também neste plenário que vamos dar boas-vindas, fazer os avisos e pedidos de logística, e lançar a criação de um espaço seguro e auto-gerido.
Introdução à Justiça Climática
Partimos duma base comum de exigir justiça climática para travar a crise climática. Mas será que partimos da mesma base? O que significa a “justiça” na Justiça Climática? De onde vem esse termo? Que significados teve e que significados tem hoje?
Esta sessão introdutória para toda a gente curiosa que gostaria de ter ou consolidar algumas das bases teóricas, históricas e políticas que sustentam o movimento pela justiça climática.
sessão co-organizada por Climáximo e Greve Climática Estudantil
Democracia Energética: Por um modelo energético público, comunitário e sem fósseis
Nos dias 11 e 12 de maio de 2024, tiveram lugar as Jornadas pela Democracia Energética. Durante esses dois dias, o mesmo Liceu onde agora decorre o 10º Encontro Nacional pela Justiça Climática tornou-se num espaço livre e aberto, onde diferentes pessoas, coletivos, associações, cooperativas, movimentos e lutas sociais e ambientais se puderam encontrar, conhecer e puderam debater sobre o futuro e a transição energética.
Durante as jornadas foram delineadas possíveis estratégias para deixar para trás o atual modelo energético centralizado, opaco, fóssil e capitalista, e imaginar um novo modelo 100% renovável, assente na ideia de energia como bem comum e direito universal. Foi ainda defendido que este modelo energético deve ser comunitário, público, socialmente justo e democrático. Mas as jornadas serviram, acima de tudo, para unir esforços para começar a construir esse modelo a partir dos cidadãos, das comunidades e dos municípios.
Durante esses dois dias foram ainda discutidos os diversos significados da Democracia Energética e como ela é essencial para responder à crise climática, social e ecológica. Mas também como operacionalizar uma gestão pública e comunitária do sistema energético, qual o papel dos municípios na transição ou das Comunidades de Energia Renovável. Foram ainda discutidas que ações podem ser tomadas para erradicar a pobreza energética ou desenhar modelos de mobilidade democrática. No meio de tanto, foi ainda possível refletir sobre decrescimento e suficiência energética e visibilizar lutas contra grandes projetos extrativistas.
Por fim, tentou-se dar energia aos movimentos sociais, demonstrando que um modelo energético socialmente justo e democrático passa, necessariamente, pelo combate às desigualdades sócio-económicas, raciais, de género e pela garantia de acesso à habitação. Terminadas as jornadas continuaram as reuniões de um coletivo que agora se chama Jornada Pela Democracia Energética, e que se propõe agora a dar continuidade ao processo que foi iniciado durante as jornadas.
A sessão “Democracia Energética: Por um modelo energético público, comunitário e sem fósseis” no 10º ENJC começará com uma apresentação do relatório das Jornadas (a publicar em breve) e das várias questões da democracia energética elencadas em cima e que compõem o futuro energético democrático e justo que precisamos para responder à crise climática. A sessão terá um formato híbrido entre discussão e workshop, em que as diferentes organizações e indivíduos presentes serão convocadas a partilhar a forma como vêm um futuro energético assente nos pressupostos da democracia energética para, em conjunto, perceber como poderão integrar estas perspetivas nas suas atividades e lutas.
sessão organizada pela Jornada pela Democracia Energética
Mobilidade e Transportes em Emergência Climática
Olhar à crise climática de frente faz-nos perceber o tamanho da transformação necessária para evitar a transformação climática que é o colapso da civilização.
Travar o colapso climático significa um setor de transportes com zero emissões até 2030. Este prazo significa que mudanças incrementais não servem: precisamos de mudanças estruturais. Temos de descarbonizar, em cinco anos, a mobilidade urbana e rural, os transportes dos passageiros e das mercadorias, e as viagens nacionais e internacionais.
Nesta sessão, vamos abordar todos estes aspectos de uma mobilidade compatível com um planeta habitável.
Sessão co-organizada por Climáximo, Ecomood Portugal, Lisboa Possível, MUBi – Associação pela Mobilidade Urbana em Bicicleta e ZERO – Associação Sistema Terrestre Sustentável
Escutar Narrativas Ancestrais: Performance e Ativismo Climático na Contemporaneidade
Este debate será realizado no formato de uma long table colaborativa, onde serão discutidas questões relacionadas à inter-relação entre a música e a dança no ativismo climático, bem como à definição de estratégias e ações concretas para mobilizar as práticas artísticas na mitigação das alterações climáticas. O objetivo da nossa proposta é promover uma colaboração mais ampla com outras associações e entidades, criando um espaço para a partilha de ideias e o estabelecimento de parcerias voltadas para a preparação de novas ações. O resultado desta iniciativa será uma fanzine elaborada após a discussão, utilizando papel de cenário reciclado que irá forrar a mesa, no qual os participantes irão desenhar, tirar notas e registar ideias.
Sessão organizada por Instituto de Etnomusicologia- Centro de Estudos em Música e Dança (INET-md)
Manifesto Azul: Virar a Maré pelo Oceano e Clima
14 medidas prioritárias para mudar o paradigma de gestão pública do mar em Portugal
Sessão organizada por Sciaena
Resistindo ao extrativismo verde. O caso do Barroso
Há 7 anos que as comunidades de Covas do Barroso e suas aliadas resistem a um mega-projeto de mineração de lítio, que servirá, supostamente para a “transição energética verde”. A nossa luta expõe e denuncia as falácias e injustiças subjacentes ao modelo de transição hegemónico proposto pelos Estados e pelas empresas, demonstrando que este não se trata nem de uma transição, nem é verde, nem é justa.
Nesta sessão, queremos falar-vos sobre a nossa luta pela preservação de uma região que em muito contribui para a mitigação e adaptação climáticas, a estabilização ecológica, a proteção de biodiversidade ameaçada, a produção alimentar saudável e a manutenção de níveis de vida de baixíssimo consumo energético.
A nossa resistência é baseada num modo de vida que é parte da solução para a grave crise socioecológica que enfrentamos. Nesse sentido, a nossa visão de futuro alinha-se com práticas presentes – queremos discutir, juntas, estas visões e estas práticas para a construção de um mundo onde a vida seja colocada à frente do lucro.
Sessão organizada pela Associação Unidos em Defesa de Covas do Barroso
Parada das Indespejáveis na Sirigaita
Depois do jantar no Liceu Camões, convidamos toda a gente à Sirigaita, uma das associações combativas de Lisboa que está a resistir a gentrificação, turistificação e despejo.
PLENÁRIO 2: AGENDA
Depois de várias discussões e partilhas, no último dia do Encontro vamos construir os próximos passos do movimento. Neste plenário vamos colher as decisões das sessões do dia anterior e apontar para as sessões do dia. Vamos também ter espaço para novas propostas de debate e/ou ação.
REver e REligar – da Utopia às VIDAS concretas
Trata-se duma dinâmica que propõe uma REleitura coletiva do texto-visão “2055 um mundo sem extrativismo” (publicado no último jornal MAPA); REligando-o com alguns dos conceitos e propostas presentes nos 6 ‘planos do movimento’. A dinâmica terá vários momentos e pretende, por um lado, trazer um olhar decrescentista a esta visão-e-trabalho pela Justiça Climática e, por outro, aprofundar as relações e interligações das pessoas e coletivos presentes; com vista a imaginar e inscrever o (plano) quadro-geral de mudanças a agir-hoje, num mais amplo – e convivial – consenso…
Sessão organizada por Rede para o Decrescimento e Associação Unidos em Defesa de Covas do Barroso
Primavera pelo clima – os próximos passos do movimento por justiça climática em Portugal
Batemos pela primeira vez nos 1,5ºC. Entre eventos climáticos extremos, a ascensão da extrema-direita e genocídios, a realidade grita que, se não mudarmos tudo nos próximos anos, tudo o que damos por certo nos será arrancado.
Não ficamos a ver. Esta Primavera, o Climáximo chama para a assentada popular “Parar Aviões” no Aeroporto de Lisboa e a Greve Climática Estudantil para uma paralisação das escolas durante semanas pelo fim ao fóssil até 2030. Vem a esta sessão conhecer melhor cada um destes planos, qual a estratégia e o porquê de os estarmos a fazer e como te podes envolver ou ajudar.
Só um movimento popular – unindo o poder de pessoas comuns, de todas as idades e origens – pode travar a destruição do que realmente importa e construir um futuro digno para todas as pessoas, centrado na vida e não no lucro.
Juntar-te à luta das nossas vidas!
Sessão co-organizada por Climáximo e Greve Climática Estudantil
Tecendo Caminhos: Ecologias de Saberes e Conexões pela Justiça Climática
O objetivo desta sessão é promover reflexões interseccionais e aprendizagens partilhadas entre participantes de diferentes territórios, histórias e lutas.
Esta roda de conversa será um espaço híbrido, com a participação de pessoas racializadas, migrantes e representantes do Sul Global, para criar pontes entre saberes diversos (comunitários, ativistas ou académicos) e promover uma abordagem decolonial na luta pela justiça climática.
Abordaremos questões como o racismo ambiental e a importância de reconhecer as contribuições e experiências de comunidades historicamente marginalizadas no enfrentamento da crise climática, com destaque para as vivências e saberes vindos do Sul Global.
Para corporalizar o diálogo, convidaremos as participantes a vivenciarem o exercício da “cartografia dos pés”, uma metodologia participativa que propõe uma reflexão sobre os seus trajetos de aprendizagem e construção coletiva. Através deste exercício, exploraremos emoções, experiências e histórias que conectam o passado, o presente e o futuro nas lutas climáticas. O objetivo é valorizar saberes que vêm “desde o coração” e construir um mapa coletivo de práticas e visões que inspirem ações futuras.
com intervenções (online) de
- Liliana Buitrago, Coordenadora da Plataforma Latino-americana e Caribenha de Justiça Climática. Venezuela
- Erimar Landrón Irizarry, Coordenação dos Projectos Amigxs do M.A.R. Porto Rico.
- Eric Albizu Díaz, Coordenação das Operações Amigxs del M.A.R., Porto Rico.
- Anabela Lemos, ativista ambiental moçambicana e diretora da Justiça Ambiental! (JA!). Moçambique
- Erika Mendes, Activista Social e Ambiental, Coordenadora de Impunidade Corporativa e Direitos Humanos, Justiça Ambiental (JA!)/ Amigos da Terra. Moçambique.
Conhece as convidadas especiais, aqui.
Sessão organizada pela Oficina de Ecologia e Sociedade do CES-Coimbra
Semear o movimento, organizar Encontros Locais
Nesta reunião aberta, vamos explorar como podemos construir um movimento pela justiça climática a nível nacional e como podemos trazer as discussões e conclusões do Encontro aos nossos territórios.
Baseado nas experiências dos encontros no Porto e em Braga, queremos organizar mais encontros presenciais com os mesmos objetivos que o Encontro Nacional: discutir o Plano pela Justiça Climática: uma visão pelas pessoas e para as pessoas, para travar a crise climática; e construir a Agenda pela Justiça Climática: ações coordenadas para o ano de 2025.
PLENÁRIO 3: ENCERRAMENTO
Esta 10ª edição do Encontro Nacional pela Justiça Climática ambiciona ter participação mais direta e discussão mais proposicional. No final do Encontro, vamos colher e discutir todas as conclusões das sessões, compilar os próximos passos decididos, e redigir uma declaração final que pode guiar e dirigir o movimento.










Declaração Final – 10º Encontro Nacional pela Justiça Climática discute plano reivindicativo do movimento e marca os próximos passos da luta.
Nos dias 21, 22 e 23 de fevereiro, uma centena de pessoas de várias partes de Portugal (e com presença de convidadas internacionais especiais) estiveram no 10º Encontro Nacional pela Justiça Climática. Em dez sessões paralelas e quatro plenários, partilhámos, debatemos, deliberámos e planeámos.
Tivemos dois eixos principais. Discutimos o Plano pela Justiça Climática: uma visão pelas pessoas e para as pessoas, para travar a crise climática. E construímos a Agenda pela Justiça Climática: ações coordenadas para o ano de 2025.
No eixo do Plano pela Justiça Climática,
- foi divulgada a versão editada do Plano de Desarmamento e Plano de Paz, redigido pelo Climáximo no enquadramento da crise climática como um estado de guerra declarada unilateralmente pelos governos e empresas contra as pessoas e o planeta;
- foi lançado o relatório final das Jornadas pela Democracia Energética;
- explorámos o texto-visão “2055 um mundo sem extrativismo” que surgiu duma oficina de pensamento utópico no 4º Acampamento em Defesa do Barroso;
- discutimos o Manifesto Azul redigido pela Sciaena para virar a maré pelo oceano e clima; e
- debatemos também vários outros temas como mobilidade e transportes em emergência climática, racismo ambiental, descolonização, extrativismo “verde” e formas de colaboração dentro do movimento.
No eixo da Agenda pela Justiça Climática, apontamos para
- a greve estudantil pelo Fim ao Fóssil 2030, convocada pela Greve Climática Estudantil Lisboa, no dia 28 de abril, que inicia duas semanas de paralização das escolas;
- a assentada popular Parar os Aviões no dia 1 de junho, convocada pelo Climáximo, que outras organizações também estão convidadas a subscrever (aqui); e
- a resistência popular contínua contra as minas no Barroso, organização de eventos de solidariedade com a mesma, e o reforço aos núcleos regionais de apoio à luta.
O Encontro é um momento anual importante para o movimento pela justiça climática, mas não existe isoladamente. Saudamos os encontros locais que aconteceram no Porto e em Braga nos meses passados, e celebramos o encontro local que está a ser marcado em Coimbra.
O que nos úne no 10º Encontro Nacional pela Justiça Climática nos une nas ruas, nos territórios, nas campanhas, no movimento e em movimento. Só um movimento forte e radical de resistência popular consegue travar o colapso da civilização e construir um planeta habitável e uma sociedade justa.






